A Medley, unidade de negócios responsável por genéricos e similares da Sanofi, mais uma vez inova no mercado farmacêutico. A partir desta segunda-feira (19), cabines pensadas especialmente para cochilos serão montadas na sede da empresa, em São Paulo, como forma de incentivar os colaboradores a realizarem uma pausa no trabalho. O principal objetivo da ação, além de promover o bem-estar no ambiente corporativo e fomentar a importância da qualidade do sono entre os funcionários, é auxiliar no aumento da produtividade profissional.

De acordo com um estudo publicado pela NASA, a agência espacial americana, repousos de até 30 minutos ao longo do dia ajudam na produtividade, no aprendizado e na melhoria em relação à execução de tarefas¹. “Já ouvi de muitos workaholics, ou trabalhadores compulsivos, que dormir é perda de tempo, quando na verdade é cientificamente comprovado que quem tira pequenos cochilos de até 24 minutos no expediente, conseguem ter um desempenho muito maior dentro do ambiente de trabalho”, afirma Paula Araujo, diretora da ABS (Associação Brasileira do Sono) e especialista em medicina do sono.

Chamado de “cochilódromo”, as cabines individuais possuem ambientação que favorecem a chegada do sono: as camas têm formato especial que permitem relaxamento quase que imediato, a iluminação azul tem propriedade relaxante, o que ajuda a potencializar o cochilo e fones de ouvido com música clássica, new age ou sons da natureza podem ser opção para auxiliar na indução do sono. Para completar a experiência, travesseiros também são disponibilizados aos participantes. Os ciclos de cochilos podem ser de até 30 minutos e devem ser reservadas por meio de aplicativo.

“Ainda existe muito estigma para falar de sono dentro das empresas. Nesse sentido, a Medley inova, mais uma vez, com o principal objetivo de desmistificar que sono no trabalho é coisa de gente preguiçosa e, com isso, chamar a atenção para uma causa que é liderada pela Medley em todo o Brasil: conscientizar a população brasileira sobre a importância da qualidade do sono por meio de experiências que contribuam para mudança de comportamento de milhares de brasileiros que sofrem com sintomas de insônia” afirma Fernanda Bacin, gerente de produtos da Medley.

A iniciativa tem parceria com a startup ‘Cochilo’, primeira empresa brasileira que tem o objetivo de disponibilizar espaços para sonecas privativas em lugares públicos, a qual foi responsável por toda a estrutura do local.

Para amplificar a ação, a agência Havas Life ainda assina campanha de comunicação, com peças que serão veiculadas na empresa com o objetivo de alcançar todos os colaboradores.

 Cochilo não é sinônimo de preguiça

 Os benefícios da soneca ao longo do dia não param por aí. Estudos apontam também que os cochilos auxiliam na melhora da performance cognitiva², melhora o sistema imune e previne o desenvolvimento de doenças³, aumenta a capacidade de raciocínio e a criatividade4, melhora na consolidação da memória5, além de auxiliar no bom humor e bem-estar6.

No entanto, aconselha-se que os cochilos diurnos aconteçam, como o próprio termo sugere, durante o dia. “É aconselhável que os cochilos sejam realizados antes do entardecer. Isso porque tirar uma soneca muito próximo da hora de dormir, pode prejudicar o sono noturno, que é essencial para uma vida saudável”, afirma Paula, especialista em medicina do sono.

Pausa após o almoço

 Existem dias que voltar para o trabalho após o almoço é uma tarefa pra lá de difícil. O sono toma conta do corpo e somente o café parece capaz de fazer passar o dia. Ainda de acordo com a especialista em medicina do sono e membro da Associação Brasileira do Sono, Paula Araujo, isso acontece porque a queda de temperartura corporal e o trabalho metabólico do corpo reduzem entre às 13h e 14h e, como consequência, favorecem a sonolência. “É fisiologicamente comprovado que nesse período do dia grande parte das pessoas sofrem com a sonolência diurna. Esses picos impactam diretamente na execução do trabalho, influenciando negativamente na entrega das atividades diárias, por exemplo. Por isso a importancia de ações como essa que incentivem o descanço ao longo do dia”, diz.

O Mundo É dos Sonhadores

As cabines de cochilo são parte da campanha “O Mundo É dos Sonhadores”, também criada pela Havas Life, e vão ficar disponíveis para todos os colaboradores da Medley e Sanofi. A Sanofi é uma empresa líder no tratamento de insônia no Brasil, doença que atinge cerca de 40% dos brasileiros7 e realizando uma série de ações para conscientizar e transformar o comportamento das pessoas em relação à doença. Entre elas estão o lançamento do primeiro Hotel do Sono do mundo que ensinou as pessoas a dormirem melhor e a Sleep Radio, em parceria com a Alpha FM, com a transmissão de programação via rádio e streaming para todo o Brasil em ondas de áudio binaurais, que têm a capacidade de induzir o cérebro ao relaxamento, colocando-o em uma baixa frequência que contribui para a chegada do sono.

A ação faz parte da celebração da semana do sono e o Dia Mundial do Sono, que ocorre no dia 16 de março.

Mau hálito pode estar relacionado à diminuição de salivação que acontece durante o sono

Referências Bibliográficas:

  1. Faraut et al. Napping: A public health issue. From epidemiological to laboratory studies. Sleep Medicine Reviews 35 (2017) 85-100

The NASA Ames Fatigue Countermeasures Program: The Next Generation https://ntrs.nasa.gov/search.jsp?R=20020042348 2018-03-02T13:15:51+00:00Z

  1. Faraut et al. Napping: A public health issue. From epidemiological to laboratory studies. Sleep Medicine Reviews 35 (2017) 85-100

Trichopoulos D, Tzonou A, Christopoulos C, Havatzoglou S, Trichopoulou A. Does a siesta protect from coronary heart disease? Lancet 1987;2:269e70

  1. B. Faraut et al. Napping: A public health issue. From epidemiological to laboratory studies. Sleep Medicine Reviews 35 (2017) 85-100

Tanja Lange, Stoyan Dimitrov, Jan Born. Effects of sleep and circadian rhythm on the human immune system. ANNALS OF THE NEW YORK ACADEMY OF SCIENCES. 2010 5

Lamberg L. World Health Organization Targets Insomnia. JAMA. 1997;278:1652.

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