As altas temperaturas do verão brasileiro têm gerado bastante desconforto em humanos e também em animais. Em virtude desse clima muito quente, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) destaca alguns cuidados que os tutores e a população em geral podem tomar.

Segundo o presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, médico-veterinário Thomas Faria Marzano, as consequências bastante comuns de todo esse calor nos animais são desidratação, diarreia e náusea. “Pela mudança de comportamento, é possível perceber que o animal não está passando bem em decorrência do calor excessivo”, afirma.

A médica-veterinária Rosangela Ribeiro Gebara, integrante da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal do CRMV-SP, complementa o alerta falando sobre outros problemas de saúde que os pets podem enfrentar com as altas temperaturas.

Consequências

Segundo Rosangela, cães e gatos – principalmente os de pelo longo – são mais sensíveis ao calor, pois não possuem glândulas de suor pelo corpo. Então, para fazer a troca de calor com o ambiente eles se utilizam de outros artifícios como a respiração ofegante e a transpiração pelas narinas e coxins (a parte macia das patas). “Se o ambiente estiver muito quente, esse animal vai ter mais dificuldade nessa troca de calor e pode sofrer hipertermia, o que leva a desmaios e até à morte”, afirma.

Além da hipertermia, de acordo com a especialista, os animais podem ter queimaduras de pele e coxins; podem desenvolver algumas alergias; ficam mais propensos a ectoparasitas – pulgas e carrapatos; e também têm maior propensão a se infectar com doenças causadas por vetores (mosquitos e pernilongos), como dirofilariose e leishmaniose.

Prevenção

Quando os termômetros sobem é preciso tomar alguns cuidados para evitar que os animais sofram. Entre as ações preventivas, o CRMV-SP orienta:

  • nunca passear nas horas mais quentes e deixar animais dentro do carro;
  • não deixar os animais dentro de quintais ou terrenos sem cobertura ou abrigo do sol;
  • deixar sempre água fresca disponível;
  • não fazer passeios ou exercícios muito extenuantes;
  • em cães de pele clara, aplicar protetor solar, principalmente na região do focinho e da orelha;
  • não deixar que o animal beba água salgada, do mar, ou com o cloro da piscina, pois pode provocar vômitos e intoxicação;
  • durante o passeio, levar água potável e oferecer com frequência;
  • cuidado com a água no ouvido, pois o animal pode também ter otites (inflamação nos ouvidos);
  • lavar a pelagem com água corrente para tirar o cloro ou o sal.

Em caso de qualquer alteração de comportamento ou sintoma, o CRMV-SP orienta que os tutores devem procurar um médico-veterinário imediatamente.

Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 35 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

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