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Indígenas é tema da primeira exposição do ano no SESI Itapetininga

A exposição “Terra Terreno Território”, com imagens impressas em folhas de plantas e em papel com pigmento de jenipapo, abre o período de exposições no SESI Itapetininga.

Indígenas é tema da primeira exposição do ano no SESI Itapetininga
Reprodução

SESI Itapetininga promove no dia 2 de junho, quinta-feira, às 10h, abertura da exposição  “Terra Terreno Território” da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini seguida de um bate-papo com o professor universitário Casé Angatu Xukuru Tupinambá. A artista utiliza duas técnicas de impressão fotográfica do século XIX para propor uma reflexão sobre como é ser indígena no século XXI nas grandes cidades. As obras ficarão expostas na unidade até o dia 30 de julho, de terça a sábado, das 9h às 20h, exceto feriados. A visitação é gratuita e conta com acessibilidade, contendo obras com audiodescrição e peças táteis.

 “Terra Terreno Território” é composta por dois agrupamentos fotográficos, nos quais a impressão é feita artesanalmente em papéis sensibilizados com o pigmento extraído do fruto jenipapo (o mesmo que indígenas usam nas pinturas corporais) e diretamente em folhas de plantas (taioba, singônio, malvavisco, amora e batata doce). Ambos processos – chamados de antotipia e fitotipia, respectivamente – se dão artesanalmente, através da ação da luz solar, em tempos que variam de três dias a cinco semanas de exposição. As imagens fotográficas trazem uma temporalidade inversa à prática fotográfica vigente, da rapidez do click e da imagem virtual.

A exposição nasceu em 2018 e traz a delicadeza do processo orgânico como também uma consequente fragilidade para as fotografias com a passagem do tempo. A artista explica que “dependendo da incidência de luz natural diretamente na imagem, por exemplo, pode levá-la ao apagamento”. A artista considera esta possibilidade como um paralelo ao apagamento histórico que a cultura indígena vem sofrendo em nosso país. Com “Terra Terreno Território” a fotógrafa alerta para a necessidade de compreender a cultura indígena para além dos clichês que achatam a diversidade do termo.

Sobre a artista – A fotógrafa e artista visual Dani Sandrini desenvolve projetos documentais e artísticos, desde 2014. Dependendo do projeto e suas singularidades, sua fotografia é colocada nas telas ou papéis, mas também pode conter outros elementos que adicionam significados à imagem final, bem como camadas extras de subjetividade. A artista tem experiência em processos fotográficos alternativos e desenvolve projetos utilizando impressão por transferência, fotografia estenopeica, cianotipia, antotipia e fitotipia.

Sobre o convidado para o bate-papo – Casé Angatu Xukuru Tupinambá é professor do curso de graduação em História na Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, em Ilhéus, na Bahia e do Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Étnico Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia – Campus Jorge Amado PPGER-UFSB-CJA, em Itabuna, também na Bahia. Casé faz Pós-doutorado na Pós-graduação em Psicologia da UNESP de Assis/SP. É doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU/ USP, mestrado em História na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. É graduado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.

SERVIÇO

  • Exposição: Terra Terreno Território Artista: Dani Sandrini
  • Local: SESI Itapetininga – Av. Padre Antônio Brunetti, 1360 – Tel: (15) 3275-7952
  • Abertura: 2 de junho, às 10 h – reservas pelo e-mail  divulgacaoitape@sesisp.org.br ou pelo Whattsapp 15 99839-8846
  • Temporada: 3 de junho a 30 de julho de 2022
  • Horário: terça a sábado, das 9h às 20h
  • Classificação indicativa: LIVRE

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