A quarentena provocada pelo coronavírus está afetando seriamente a saúde financeira de muitas empresas, principalmente os pequenos negócios. Diante de um momento tão difícil, os microempreendedores estão tendo que se reinventar para minimizar os prejuízos.
Apesar das perdas, a docente Simone Zanforlin, da área de gestão e negócios do Senac Itapetininga, diz que as micro e pequenas empresas estão diante de uma oportunidade de renovação e de inovação. “Agora mais do que nunca, é hora de se organizar e usar todos os canais para chegar ao cliente”, afirma.
Nessa nova realidade, ela observa que as empresas precisam avaliar todas as alternativas disponíveis para chegar até o consumidor. “Se antes o varejo se baseava no seu ponto comercial, hoje identificamos que as vendas podem ocorrer por outros meios. Por isso, é tão importante descobrir a melhor maneira de levar o produto até o cliente”, analisa Simone.
Em tempos de isolamento social, a internet pode ser uma ferramenta valiosa. Segundo a docente, se o cliente não pode ir até a empresa, a empresa precisa ir até o cliente. “Use imagens e crie conteúdos relevantes para divulgar sua marca, seus produtos ou serviços. É uma maneira de ser visto, lembrado e desejado pelo consumidor. E a internet possibilita que sua marca seja encontrada por muitos”, diz.
Redes sociais
De acordo com a docente, no ambiente digital, as redes sociais são indispensáveis. “Facebook, Instagram e WhatsApp Business permitem um contato rápido e direto com o cliente”, cita. Simone ressalta, ainda, a importância do investimento em delivery, cuja principal vantagem para a empresa é oferecer agilidade, comodidade e satisfação ao cliente por receber o produto em casa.
“Com certeza, a remodelagem do negócio e a aplicação dessas ferramentas de forma estratégica podem auxiliar na diminuição dos efeitos da pandemia”, afirma Márcio Roberto Ramos, também docente da área de gestão e negócios do Senac Itapetininga. No entanto, ele faz um alerta aos microempreendedores. “Sem dúvida, o uso das redes sociais para incrementar as vendas deu um salto enorme, mas é preciso saber usar as ferramentas para não obter o efeito contrário”, aconselha.
“É imprescindível ser flexível neste momento. É preciso compreender a situação e se adaptar rapidamente. Porém, é importante não confundir ‘rapidez’ com ‘pressa’ para não tomar decisões precipitadas”, orienta. Na avaliação do docente, é preciso conhecer e entender as preferências e necessidades do público-alvo da empresa para oferecer o que ele precisa. “Mudar o processo de atendimento e de entrega sem considerar o comportamento e a opinião dos clientes pode ser um tiro no escuro. Por outro lado, diversificar as ofertas e o nicho pode trazer bons resultados frente a esta nova realidade”, afirma.
Aprendizado
Tanto Márcio quanto Simone acreditam que, apesar de todas as dificuldades criadas pela pandemia, o momento será de aprendizado para muitos empresários. “A quarentena mostrou a força dos negócios feitos digitalmente. Pequenos empresários, que vinham resistindo a essas mudanças, passaram a compreender a importância das vendas on-line e a integraram à rotina da empresa. Isso é aprendizado”, destaca Simone.
“A pandemia acelerou as mudanças no comportamento do consumidor e na forma de atuação das empresas dos mais diferentes setores. Quem antes tinha certa resistência às vendas on-line e ao delivery, por exemplo, hoje está muito mais aberto a estas possibilidades, pois se deram conta que são fundamentais para a manutenção do negócio”, avalia Márcio. Na opinião dele, o momento difícil vivido atualmente mostra que a busca por novas estratégias e novos nichos de mercado deve ser constante.
Senac Itapetininga
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