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O ator Caco Ciocler publicou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (1º), um vídeo em que compartilha reflexões sobre o atual conflito em Gaza e convida o público para uma vigília em São Paulo. O evento ocorre neste sábado, 2 de agosto, às 18h30, no Beit Midrash Massoret, na Rua Girassol, 1055, no bairro da Vila Madalena.

De origem judaica, Caco Ciocler convoca vigília em São Paulo por vítimas em Gaza
De origem judaica, Caco Ciocler convoca vigília em São Paulo por vítimas em Gaza – Reprodução

O evento é realizado no contexto de Tisha Be’Av, data tradicional do calendário judaico em que se recordam tragédias históricas vividas pelo povo judeu, como a destruição dos dois templos de Jerusalém e a expulsão de judeus da cidade sagrada. A proposta, segundo Ciocler, é somar ao lamento ancestral o reconhecimento da destruição contemporânea em Gaza e das vidas civis perdidas no atual conflito armado.

A vigília reunirá nomes de diferentes tradições religiosas e intelectuais, como o rabino Leoni, o padre Júlio Lancelotti e a filósofa Marilena Chaui. A programação inclui o início de um jejum simbólico de 24 horas, em alusão à prática tradicional de Tisha Be’Av, e busca promover um espaço de escuta, solidariedade e denúncia dos horrores da guerra.

No vídeo publicado, Ciocler compartilha sua inquietação com a escalada da violência e os efeitos da desinformação nas redes sociais.

“Oi gente! Assim como muitos de vocês, eu não tenho conseguido dormir direito. Por conta da tragédia humanitária que está acontecendo em Gaza e eu tenho lido e ouvido muita bobagem sobre esse assunto. Mas isso não importa. E eu realmente acho que as redes sociais têm contribuído para uma disseminação não só de notícias falsas como rasas, e têm ajudado a alimentar o ódio e não a paz. Eu me retirei desse lugar. Obviamente que a pressão tem que continuar para que esse horror acabe o mais rápido possível. Eu realmente acho que a sociedade israelense é uma sociedade plural, mas hoje — e já há algum tempo — está no poder, na minha humilde opinião, o que há de pior em termos de democracia, de humanidade e de judaísmo. E do lado palestino, eu não tenho tanto lugar de fala. Mas eu sei também que existe uma sociedade plural e que também lá está no poder um grupo que, na minha humilde opinião, também não representa o que há de melhor na comunidade, muito pelo contrário. Também acho que é um grupo que representa o que há de pior em termos de humanidade e de possibilidade de desejo de paz. Mas eu prefiro apostar em outros caminhos.”

“Tenho contribuído, ajudado, discutido, aprendido. Tem muita gente fazendo muita coisa boa dentro e fora de Israel, junto com palestinos, para que a gente de fato caminhe em direção a uma paz duradoura e não retroalimente um ódio mútuo que só vai levar a uma piora na situação. Nesse sentido, eu queria fazer um convite para vocês de um ato que eu achei muito bonito, que vai acontecer em São Paulo amanhã, dia 2 de agosto, sábado à noite, Shabbat, Shabat. E pela tradição judaica a gente lembra cinco eventos trágicos da nossa história, da história do povo judeu, inclusive a destruição dos dois templos e a expulsão dos judeus de Jerusalém. Há milênios a gente faz um jejum de 24 horas nesse dia. E amanhã, sábado, dia 2 de agosto de 2025, com a presença do padre Lancelotti, do rabino Leoni, da Marilena Chauí e outros convidados, a gente vai incluir nesse jejum de 24 horas, nesse choro, o choro pela destruição de Gaza e pela morte dos inocentes dessa guerra maldita. O local é o Beit Midrash Massoret, que fica na Rua Girassol, 1055. Amanhã, dia 2 de agosto, às 18h30. Eu acredito no caminho da paz. Obrigado.”

O conflito entre Israel e o grupo Hamas, intensificado desde outubro de 2023, tem causado milhares de mortes, entre elas grande número de civis palestinos e israelenses. Organizações internacionais alertam para o agravamento da crise humanitária, com bloqueios a suprimentos essenciais, deslocamentos forçados e destruição de infraestruturas civis. Diante disso, diferentes setores da sociedade civil têm buscado construir espaços de diálogo e ações simbólicas que promovam a paz e os direitos humanos.


A legenda do vídeo postado por Ciocler reforça o propósito da ação:

Vigília
🕯🕯🕯
Por reconhecimento, compaixão, reparação e justiça

Sábado, 2 de agosto, a partir das 18h30

Em solidariedade ao sofrimento em Gaza, convidamos todas e todos para estarem conosco no início do jejum de 24 horas de Tisha Be’Av.

Há milênios, em Tisha Be’Av, o povo judeu chora a destruição de Jerusalém. Hoje choramos também a destruição de Gaza.

Com Rabino Leone, Padre Lancelotti, Marilena Chaui e convidados.

📍🏡
Beit Midrash Massoret
Rua Girassol, 1055 – São Paulo, SP

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