Foi em 2009 que Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, veio pela primeira vez ao país para anunciar que o Brasil seria o próximo alvo de expansão da empresa. Em encontro com jornalistas em São Paulo, Zuckerberg ilustrou o potencial do mercado brasileiro através de um aplicativo que foi criado dentro do Facebook, o Distribua Mágoas. O app, criado espontaneamente por um brasileiro em 2008, era o único do Facebook em português e chamou a atenção do engenheiro pela grande popularidade e pelo alto índice de engajamento entre os usuários localizados no Brasil.

Na época, as principais interações entre os usuários na plataforma basicamente aconteciam através de aplicativos que, em sua generalidade, possibilitavam o envio de flores, frutas, plantas e animais virtuais. O Distribua Mágoas, criado pelo então publicitário Vinícius Yamada, ia contra a política de boa vizinha, mas de forma humorada: era possível “presentear” os amigos com o envio de “fatura do cartão de crédito”, “SMS do ex-namorado”, “Vanessão quebrando a moto” e “sandália Crocs”, por exemplo.

Distribua Mágoas, o primeiro aplicativo do Facebook em português
Foto: reprodução

Em entrevista ao Zumo, site de tecnologia que na época era hospedado no UOL, Vinícius Yamada disse que a ideia do aplicativo surgiu de um momento de ócio: “Eu estava enfadado de receber plantas, corações e peixes pelo Facebook. Como eu possuía certo conhecimento em programação, tive a ideia de fazer humor entre amigos”, disse na entrevista.

Sobre a “mágoa” mais popular, o publicitário disse “amigo furando seus zóio” era o mimo mais enviado pelo aplicativo. A lista de opções do Distribua Mágoas chegou a ter 50 itens, alguns eram sugestões que chegavam a Vinícius pro e-mail, segundo a reportagem para canal Zumo.

Com as significativas mudanças do Facebook de 2009 até hoje, a plataforma agora deu mais autonomia aos usuários, permitindo que cada um produza seu próprio conteúdo, seja através de textos, fotos ou vídeos.

Como desdobramento do Distribua Mágoas, Vinícius Yamada começou a produzir conteúdo voltado para LGBT+ em 2011 através da fanpage “Não é gay se:“. O engajamento da página também teve grande engajamento e motivou o publicitário a criar o portal www.gay.blog.br, que também pode ser acompanhado pelo Instagram @gayblogbr.

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