Gabeu, filho do cantor sertanejo Solimões, há dois anos segue carreira solo com a vertente musical “pocnejo”; termo criado por ele que é a fusão de “poc” com “sertanejo”. “Poc”, dentro da comunidade LGBT+, era utilizado de forma pejorativa para se referir aos gays mais afeminados, derivado da onomatopeia “poc poc”, que seria o barulho feito pelo salto alto.
No último mês, Gabeu venceu pelo voto popular na categoria “Músico do Ano” no Poc Awards 2020, premiação promovida pelo maior portal LGBT+ do Brasil, o GAY BLOG BR. Considerado pela Revista Forum como o “Oscar LGBT”, o Poc Awards também elegeu o Padre Julio Lancellotti, Xuxa, Felipe Neto, Daniela Mercury, Lulu Santos, Silvero Pereira e outras personalidades em suas respectivas categorias.
Em entrevista ao GAY BLOG BR após receber o troféu, o vanguardista do pocnejo falou um pouco sobre a pressão de ser filho de um célebre sertanejo:
“Sempre senti essa pressão vinda das pessoas por eu ser filho de um cantor sertanejo famoso. Essa pressão chega de várias formas: seja pelo fato de eu ser gay e, isso, de acordo com algumas pessoas “ser uma vergonha para o meu pai”, seja por um viés mais musical, porque durante muitos anos eu me afastei e reneguei o sertanejo, por não identificação, por não concordar com milhões e milhões de coisas do meio. Hoje, com meus projetos artísticos e meus planos mais claros na minha cabeça essas coisas já não me afetam tanto, porque eu sei porque estou fazendo e para onde quero ir, então não sinto mais como uma pressão, sinto que é exatamente isso, uma responsabilidade, de entender de onde eu venho, qual o meu background, as portas que se abrem por conta disso e o que eu consigo fazer de bom com isso. Mas não posso mentir e dizer que é sempre que eu lido bem com essa responsabilidade, como qualquer pessoa eu tenho meus momentos bons e ruins”, contou.
Confira a entrevista completa neste link.
[…] musical. Trazendo um amplo leque artístico, que passa por nossas tradições folclóricas e sertanejas através do gênio de Sérgio Assad e de seus “discípulos” Marco Pereira e Paulo Bellinati e […]