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No Dia Internacional do Orgulho LGBT, pesquisa revela que público ainda sofre preconceito

75% dos entrevistados LGBT+ apontam que as empresas têm preconceito em contratar e 53% já sofreram algum tipo de discriminação pela sua orientação sexual.

Celebrado mundialmente em junho, o mês do orgulho LGBTQIA+ é marcado por eventos, palestras, debates e atividades, para conscientizar a importância do respeito e da promoção de equidade social e profissional de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais e assexuais.

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Reprodução

O mês de mobilização faz parte da luta da comunidade LGBTQIA+, que também celebra em junho uma das datas mais importantes da resistência do movimento: o Dia Internacional do Orgulho LGBT, em 28 de junho, criado em referência à Rebelião de Stonewall, ocorrida em 1969, quando gays, transexuais e drag queens protestaram contra uma ação violenta de policiais nova-iorquinos que queriam fechar um bar que reunia a comunidade.
Mas, apesar de toda essa manifestação mundial, o estudo Oldiversity®, desenvolvido pelo Grupo Croma, revela que público LGBT+ ainda sofre preconceito e discriminação pela sua orientação sexual.

A diversidade é aceita pela grande maioria da população, mas ainda é preciso transpor o discurso para maior representatividade dos públicos em todos os âmbitos, sejam sociais ou profissionais. 77% dos entrevistados declaram aceitar a diversidade, 70% acreditam que as empresas e marcas devam integrar o tema diversidade e 54% dos entrevistados acreditam que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante.

Mas o público LGBT+ deseja maior participação no mercado de trabalho, segundo os dados da pesquisa. 75% dos entrevistados apontam que as empresas têm preconceito em contratar um profissional LGBT+, 72% gostariam de ver mais propagandas com elementos de diversidade e 68% dos entrevistados declaram que as propagandas ajudam a criar uma sociedade mais tolerante à diversidade. Algumas empresas já despertaram para este cenário e há tempos vem investindo em elementos e mensagens para o público LGBT+.

Comportamentos preconceituosos das marcas e falta de diálogo aberto quanto à diversidade afastam o público LGBT+, que deixa de consumir e não se relaciona com essas empresas. 69% não consomem produtos de marcas com comportamentos preconceituosos, 67% consideram e recomendam, 66% admiram e 65% preferem marcas que falam abertamente sobre a diversidade.

O estudo Oldiversity® mostra ainda que público LGBT+ sofre preconceito por sua orientação sexual e acredita que o atual governo influencia o aumento dele: 73% dos LGBT+ entrevistados dizem que o governo influenciou no aumento do preconceito de gênero ou orientação sexual e 53% já sofreram algum tipo de discriminação pela sua orientação sexual.

“A agressão física e verbal é comum no cotidiano da comunidade LGBT+ no Brasil. Estamos vivendo um momento delicado no país com o aumento da intolerância e do discurso de ódio contra grupos que fazem parte da diversidade. Infelizmente as pessoas são agredidas pelo simples fato de serem quem são. Essa violência é um reflexo do preconceito, que por sua vez deriva da falta de informação e da ignorância. As marcas têm um papel fundamental em abordar e incluir esse tema na sua comunicação para fomentar o debate e gerar esclarecimento para a sociedade”, explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma.

O estudo compreendeu 2032 entrevistas on-line com a população de todo o Brasil, realizadas entre 23 e 31 de julho de 2020. O Grupo Croma lançou a segunda edição do Oldiversity®, com metodologia aplicada utilizando cotas de idade, gênero, região geográfica, classe socioeconômica, e cotas específicas de raça, orientação sexual e PCDs. A margem de erro é de 2 p.p. para amostra total, considerando nível de confiança de 95%. Os resultados foram ponderados para representar a população brasileira das classes ABC.

 

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