Muitas mulheres não sentem prazer com o sexo por causa de dor ou desconforto durante o sexo. As causas são inúmeras e podem estar relacionadas com doenças ou ser de fundo psicológico.

O ginecologista Carlos Alberto Politano, primeiro tesoureiro da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo) nos ajuda a entender os motivos físicos e emocionais mais comuns:

“Chamamos de dispareunia a dor ou o desconforto durante o ato sexual. Pode ser física ou psicológica e entre as causas físicas podemos citar infecções, tumores, ressecamento vaginal, endometriose (quando partes do endométrio saem do útero e se expandem a outras partes da região pélvica gerando uma infecção) e até diabetes. As doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) também estão entre as causas de dispareunia”.

Uma causa corriqueira de dor é a falta de lubrificação vaginal na mulher. Segundo Politano, essa lubrificação é indispensável para evitar desconforto e também para o prazer na relação. Se por algum motivo, durante o sexo, a mulher não estiver lubrificada o suficiente, seja por falta de desejo, menopausa ou por algum incômodo no ato, é muito provável que haja dor.

Existe quem acredite que o formato da vagina seja outro motivador, no entanto, Politano assegura que não.

“Em alguns casos, quando o pênis se choca com o colo do útero, a mulher sentirá dor, mesmo sem que tenha algum problema físico. Se sofrer de endometriose, é provável que sinta dor, pois a mudança na anatomia pode levar a isso”.

Politano afirma que em situações de dor pelo toque do pênis no colo do útero, uma mudança na posição pode resolver o problema, mas destaca que cada caso é diferente do outro e é preciso consultar um ginecologista para descobrir a origem do problema.

Mas, a causa principal de descomodidade durante a relação sexual é mesmo psicológica. O ginecologista com especialização em sexologia é um dos profissionais que pode auxiliar.

O pompoarismo (técnica que serve para melhorar e aumentar o prazer sexual durante o contato íntimo, através da contração e relaxamento dos músculos da região pélvica), outras ginásticas íntimas e ainda alguns tratamentos alternativos podem ser benéficos para a saúde sexual da mulher, quando com acompanhamento de profissional com capacitação adequada.

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