Com dois jogadores de polo aquático se beijando na piscina, o diário esportivo L’Equipe denuncia a homofobia no esporte com dossiê que estará bancas neste final de semana: “Beijem quem vocês quiserem”.

Capa do especial deste final de semana do L'Equipe
Capa do especial deste final de semana do L’Equipe

A capa da revista mostra um frame do filme “Shriveled Shrimp”, cujo enredo tem um homofóbico condenado a treinar uma equipe gay de polo aquático. Segundo o editorial do jornal, a capa é uma maneira de dizer que “o gesto de amor não deve chocar e que a homofobia é uma ofensa criminal tanto na rua quanto nos campos e quadras.

HOMOFOBIA NO ESPORTE DO BRASIL

O especial, entre outros personagens, conta a história do jogador brasileiro de vôlei Michael dos Santos, que foi ofendido por torcedores durante a semifinal da Superliga de vôlei em 2011. Michael é um dos principais jogadores do recém-criado time de vôlei em Itapetininga.

Michael, central do Vôlei Itapetininga — Foto: Carlos Dias homofobia esportivo
Michael, central do Vôlei Itapetininga — Foto: Carlos Dias

Na última quinta-feira, o jornal se antecipou em destacar que “ser atleta e homossexual é ainda mais difícil no Brasil desde que o polêmico Jair Bolsonaro chegou ao poder, assumindo a homofobia”. A publicação ainda nota que mesmo com o casamento gay, com uma das maiores Paradas do Orgulho LGBT em São Paulo e com o Rio de Janeiro como “o destino mais gay-friendly do mundo”, há grandes nuvens negras por trás do arco-íris.

Para alarmar a situação dos LGBTs no Brasil, dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) ilustram a matéria: “420 crimes homofóbicos foram registrados em 2018. Este é o país mais letal para uma comunidade LGBT e cada vez mais perigoso desde a posse de Bolsonaro em Janeiro. Presidente capaz de discursos tão nauseantes quanto o da revista Playboy , em 2011: ‘Eu não poderia amar um filho homossexual. Eu prefiro que meu filho morra em um acidente de carro'”.

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