O São Paulo Film Festival (SPFF) prepara mostra paralela que celebra a presença das mulheres na indústria cinematográfica. Em 2018, apenas 8% dos 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos foram dirigidos por elas, enquanto no Brasil, em 2017, apenas 16% dos 160 filmes lançados nos cinemas tinham diretoras, segundo estudo da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Nos dias 5, 6 e 7 de março, “Mulheres no Cinema” exibirá 20 filmes (curtas) nacionais e internacionais, além de programação de lives e debates com acesso simultâneo pelas redes sociais (@saopaulofilmfestival) e YouTube.

“É urgente fortalecer esse movimento das mulheres e valorizar um trabalho que é ainda muito pouco disseminado. Se você pensar no Oscar, por exemplo, apenas uma mulher ganhou na categoria Direção em mais de 90 anos de premiações. São tantas as cineastas da nova geração que pretendem quebrar esta estrutura que os festivais devem jogar toda luz possível às novas produções afim de impactar o público e estimular mais e mais mulheres”, diz Rebeca Casagrande, cineasta e diretora do São Paulo Film Festival.

Qualificados para o Oscar 2021, serão exibidos os brasileiros Baile, de Cíntia Bittar, Carne, de Camila Kater, e a animação Umbrella, de Helena Hilario. Além deles, outros 17 completam a programação: Ahead, de Nina Borghi (EUA), Alvorada, de Carolina Neves (Portugal), Arquivo, de Marta Miskaryan (Reino Unido e Brasil), Black, de Sara Taigher (Itália), Everest Sustentável, de Mariana Britto (Brasil), Look what you have done!, de Monica de Almeida (Suiça), Ladder to you, de Victoria Watson (Reino Unido), Learning to ride, de Luisa Parnes (EUA), Mermaids and Rhinos, de Viktoria Traub (Hungria), One day, de Annalisa Vozzza (Colômbia), Reverie, de Sue Zhen Tan (Canadá), Sangue Sagrado, de Thainá Prado (Brasil e Nigéria), The Waiting Place, de Karishma Jhalani (Índia), Walter Treppiedi, de Elena Bouryka (Itália), What Remains, de Eliza Godlewska (Polônia), 52, de Amanda Tan Shi Min (Singapura) e 6ATE7, de Maggie Kiley (Austrália).

Em paralelo, ocorrerão lives e debates mediados pela cineasta Rebeca Casagrande, entre elas, com a produtora Débora Ivanov, dia 6 de março, às 21h, sobre o papel da mulher no mercado audiovisual e curiosidades de bastidores nos mais de 60 filmes produzidos, mais de 200 prêmios recebidos, além da experiência como diretora da Ancine e do SIAESP, e no Instituto Querô e +Mulheres Lideranças do Audiovisual Brasileiro, do qual é fundadora; e a cineasta e atriz Bárbara Paz, dia 7 de março, às 21h, que conta mais sobre a direção do longa metragem documental Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, documentário indicado ao Oscar 2021 em duas categorias: documentário e filme internacional.

Participam ainda da programação de conversas: Thainá Prado, Helena Hilario, Carolina Neves, Cíntia Bittar, Mariana Britto e Luisa Parnes. Durante os dias do festival, haverá uma votação online para escolher o melhor filme de direção feminina entre os exibidos. O vencedor levará R$5 mil.

A mostra paralela Mulheres no Cinema é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

A diretora Cíntia Domit Bittar participa de live da Fundação Cultural Badesc - crédito Kamila Novaes
A diretora Cíntia Domit Bittar – Crédito Kamila Novaes

SERVIÇO

Mulheres no Cinema

Mostra Paralela – São Paulo Film Festival
Dias 5, 6 e 7 de março de 2021
saopaulofilmfestival.com.br
@saopaulofilmfestival

Filmes:

Baile, de Cíntia Bittar (Brasil)
Carne, de Camila Kater (Brasil)
Umbrella, de Helena Hilario (Brasil)
Ahead, de Nina Borghi (EUA)
Alvorada, de Carolina Neves (Portugal)
Arquivo, de Marta Miskaryan (Reino Unido e Brasil)
Black, de Sara Taigher (Itália)
Everest Sustentável, de Mariana Britto (Brasil)
Look what you have done!, de Monica de Almeida (Suiça)
Ladder to you, de Victoria Watson (Reino Unido)
Learning to ride, de Luisa Parnes (EUA)
Mermaids and Rhinos, de Viktoria Traub (Hungria)
One day, de Annalisa Vozzza (Colômbia)
Reverie, de Sue Zhen Tan (Canadá)
Sangue Sagrado, de Thainá Prado (Brasil e Nigéria)
The Waiting Place, de Karishma Jhalani (Índia)
Walter Treppiedi, de Elena Bouryka (Itália)
What Remains, de Eliza Godlewska (Polônia)
52, de Amanda Tan Shi Min (Singapura)
6ATE7, de Maggie Kiley (Austrália) 

Programação:

Dia 5 de março
9h: abertura | 18: Thainá Prado | 20h: Helena Hilario

Dia 6 de março
17h: Carolina Neves | 19h: Cíntia Bittar | 21h: Débora Ivanov

Dia 7 de março
17h: Mariana Britto | 19h: Luisa Parnes | 21h: Bárbara Paz

Sobre o São Paulo Film Festival (SPFF)

O Festival de cinema independente ocorre na cidade mais frenética e populosa do Brasil e apoia filmes independentes de todo o mundo, inspirado por uma expressão genuína que pode estimular novos pensamentos para a arte do cinema. O festival SPFF é uma organização dedicada à descoberta e ao desenvolvimento de novos artistas, com visões além da fronteira da imaginação que podem atrair audiências de todos os países. Em 2021, a programação está marcada para dezembro.

Sobre Rebeca Casagrande

É diretora, roteirista e produtora executiva, graduada em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também cursou Cinema e Televisão na University of California, Los Angeles, UCLA. Em 2010, fundou a produtora audiovisual Cinemakers em São Paulo, que atua em publicidade e cinema. Como diretora e roteirista, realizou o documentário mais visto no Brasil: Data Limite Segundo Chico Xavier, assistido por mais de 10 milhões de pessoas em 50 países. Escreveu também o livro do filme com distribuição nacional de mais de 30 mil exemplares. Nos Estados Unidos, produziu o filme curta Time Speech, com exibição no Festival de Cannes. Recentemente, dirigiu o documentário Despertar – Data Limite, destaque na Amazon Prime Video. Também é diretora e fundadora do festival: São Paulo Film Festival. (@rebecacasagrande)

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