Um dos principais suspeitos de matar a missionária Dorothy Stang em 2005, cujo nome não foi divulgado, foi preso pela Polícia Militar, em Itapetininga. A PM recebeu uma denúncia anônima sobre o paradeiro do acusado no bairro de Vila Nova e, segundo os policiais, o mandante do assassinato estava em frente a uma casa e tentou fugir quando percebeu a presença das viaturas.

De acordo com informações apuradas pela Agência Brasil, já havia um mandado de prisão contra o acusado emitido em 2013 em Marabá, no Pará.

Já o assassinato ocorreu no dia 12 de fevereiro de 2005, em uma estrada de terra de difícil acesso, 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Pará. Ela levou seis tiros e a hipótese para o crime ter ocorrido é de que ela, junto com representantes de sindicatos rurais e da Pastoral da Terra, defendia melhores condições de vida e trabalho para o povo da região.

Antes do crime, ela já tinha recebido diversas ameaças de morte devido ao seu ativismo em ajudar os mais pobres e combater a exploração destes.

“Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.”

Reprodução

DOROTHY STANG

Dorothy Mae Stang, mais conhecida pelos católicos como Irmã Dorothy, nasceu em Dayton, Ohio, nos Estados Unidos em 1931 e iniciou seu ministério no Brasil em Coroatá, no Estado do Maranhão, em 1966.

Nos anos setenta, esteve presente na Amazônia junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua missão era gerar empregos e rendas com projetos de reflorestamento em áreas degradadas junto aos trabalhadores rurais, minimizando os conflitos fundiários da região.

Irmã Dorothy também foi pioneira ao fundar a escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. a Escola Brasil Grande.

Um ano antes de sua morte, em 2004, recebeu a premiação da OAB pela sua luta em defesa dos direitos humanos.

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